domingo, julho 15, 2012

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado

Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.


Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.




O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Morais


 
Sempre querendo ignorar o momento de se afastar... e sentar-se ai num banco e fingir que temos todo o tempo do mundo para conversar...



...Renata...

sábado, março 03, 2012

Eu=Saudade

Ando pensando em postar faz um tempo, mas eu tive a sensação de meus posts estavam sendo muito depressivos e resolvi parar, porque eu não queria dar uma má impressão as pessoas que lêem aqui se é que alguém lê. Enfim minha vida é mais reflexões e contemplações, gosto de pensar que isso me faz excêntrica e interessante. Mas a verdade é que isso só me faz igual a muita gente. Eu sou feliz, tenho estados de felicidade eufórica como qualquer ser humano e num geral sou feliz com o que tenho sou agradecida a Deus e as pessoas que de maneira direta ou indireta contribuem para minha felicidade.

Uma das coisas que me dá mais alegria é ver minha família, quem vive longe da familia sabe do que eu estou falando. Falando de família eu visitei minha por quase um mês durante Dezembro e Janeiro. Já tinham 1 ano e 7 meses que eu não os via, a saudades esteve presente a casa dia a casa minuto desde o minuto zero que eu me afastei deles. Eu me preparei para o reencontro e pensei tentei lembrar do gostoso que é ter minha familia reunida e a cada minuto que se aproximava do dia que iria finalmente reve-lo me enchia o coração de alegria e medo. Medo de não ser reconhecida como a pessoa que os deixou.

Enfim não se pode esperar muito e fazer muitos planos não ajudam. Mas foi sim muito bom ter a familia perto novamente e foi como se eu nunca tivesse os deixado e foi tão ordinário que foi incomodo. Mas acho que tinha que ser assim. Eu percebi que pra minha familia eu vou sempre ser a Natinha, mesmo que aqui dentro de mim a Natinha foi alguém que viveu num passado distante. Foi maravilhoso descobrir que a Natinha ainda vive em mim. E por alguns momentos eu re-vivi as suas dores e angústias e não somente as alegrias.

No final das contas de todas as coisas o resultado vai sempre ser o mesmo:
Eu=Saudade
Seja ela da boa ou da ruim pq eu sou todas elas.

...Renata...