sexta-feira, maio 30, 2008

Escuta, silêncio!

Há um silêncio dentro de mim, tão profundo e denso que quase consigo tocar. A ausência absoluta qualquer que seja o som, nem mesmo o mais sutil ruído é perceptível. Nesse tempo eu aprendo que o silêncio adoece, mas também cura. A não emissão do que meu coração deseja, não significa que não desejo e adoeço. Silêncio destrutivo e crônico que corrói aos poucos, que trás o amargo a boca é quase um câncer.

Sem pestanejar a verdade sai, e sai nua, sem piedade para com quem a recebe. E fazer com que ela fique um tantinho a mais intragável não é tarefa impossível. Sem nenhum som, nem mesmo um ruído de consciência a doer em mim. Só há esse amargor e esse silêncio. Não há fé. Não há nada além do silêncio.

- Por favor, silêncio!
- Ainda nada?
- Só o Silêncio!
- Ta ouvindo?
- Eu também não!
- É Ele?
- Não, é só o silêncio d’Ele!

Ele não fala mais comigo, ou seria eu quem não falo mais com Ele? A verdade é que esse silêncio dificulta nossa comunicação. Fala alto! Fale comigo! Chegue aqui perto de mim!

É a frustrante tentativa de te ouvir, de te ouvir... De ouvir você!

- Então ainda nada?
- Nada além de silêncio! Desisto.

Não posso mais aprender em silêncio, não há o que se curar, nem o que se tratar... Só existe um absoluto, inegável e tangível silêncio!

Pshii...Silêncio...

...Renata...

Um comentário:

Anônimo disse...

E subo bem alto pra gritar que é AMOOOOOOOOOORRRRRRRRR!!!

Não se prenda ao silêncio, grite!!

Amo vc

Beijos